Confesso que tenho um problema grave. Depois de ter ido ao
Ernesto (restaurante italiano, gerido por italianos, em Telavive, em Israel]
sempre que entro num estabelecimento que incida sobre a gastronomia italiana (aqui
ou além-mar) fico sempre de pé atrás. E reajo assim, porque de facto, e embora
já tenha estado em Itália várias vezes, foi dali que sai mais satisfeito
(quando falamos neste tipo de “cozinha”) e cuja Focaccia ainda me faz salivar
hoje. Portanto, quando uma amiga minha me disse “vamos ao Jamie’s, experimentar
as pizzas?” eu não respondi logo que sim. Pensei, pensei e acabei por aceder. Mas acabei
por não comer pizza.
O local escolhido para abrir o franchise Jamie’s Italian é
uma zona bem simpática e cosmopolita da Cidade de Lisboa, o Príncipe Real, e
logo aí ganhou pontos. O edifício, recuperado, de fachada simples, pontuada por
varandins discretos e com um pequeno letreiro luminoso que identifica onde
estamos, encontra-se muito bem decorado interiormente (achei piada especial, à
loiça onde a comida é servida). Tem charme, gera ambiente e é acolhedor.
Créditos: Piolhito Nervoso
Ao
passar a porta de entrada, temos um pequeno púlpito onde se encontra um
funcionário que nos pergunta se temos reserva (ainda bem que temos, porque sem
ela é extremamente difícil arranjar mesa) e do lado esquerdo um pequeno bar
onde podemos esperar enquanto nos preparam tudo. Faltou experimentar a
esplanada, mas com este tempo típico de um inverno rigoroso (sim, porque todos
sabemos que ainda estamos em novembro), tal não foi possível.
Créditos: Piolhito Nervoso
Mas vamos lá ao que interessa:
>> Ficámos sentados no piso superior e numa mesa
redonda. Como queríamos experimentar o mais possível, pedimos algumas entradas
(Antipasti, naquele contexto) para partilhar, tendo a nossa escolha recaído
sobre as Margherita Arancini, que mais não são que bolinhas panadas de risotto
com abóbora assada e pecorino, com molho de queijo [4.50€], a Crispy Squid, ou
seja, lulas fritas com chilli, alho e salsa, com molho de maionose de alho [7.75€]
– que me fez recuar no tempo e lembrar a minha viagem à Cinque Terre, e a
Bruschetta de caranguejo [7.50€] cujo recheio devia de estar mais “fresco” –
estava pouco frio para este tipo de alimento, até porque pessoalmente, não gosto de marisco (quando não é cozinhado) à temperatura ambiente. Ainda por sugestão da casa, pedimos
o Ultimate Garlic Bread [4.75€], que na prática é pão de alho em massa de pão
de leite, o que sinceramente não é mau, mas não bate a Focaccia do Ernesto.
Créditos: Piolhito Nervoso
>> Depois, para prato principal, optei por uma pasta
intitulada de Squid & Mussel Spaghetti Nero [€13.95], o que traduzindo
significa spaghetti nero com lulas fritas e mexilhões, polvo, alcaparras,
chilli, anchovas, tomates e vinho branco, que estava muito boa – mas não
genial.
Créditos: Piolhito Nervoso
>> Já os meus amigos escolheram outras iguarias: um arroz carnaroli com legumes da estação, cogumelos assados, mozzarella e
parmesão [Wild Mushroom e Winter Greens Risotto | 13.75€], um linguine com
camarões ao alho com tomate, funcho, açafrão, chilli fresco e rúcula com
limão [Our Famous Prawn Linguine | 14.25 €] e ravioli em meias luas, recheado
com creme de ricotta de bufala e espinafres, em molho de tomate com mini
mozzarella & manjericão [Ravioli Mezzaluna | 12.95€]. Destas opções todas,
que provei, confesso que gostei muito do Wild Mushroom e Winter Greens Risotto
– e é o que irei comer, quando voltar.
>> E para finalizar, e por sugestão da casa (porque
perguntámos qual seria a melhor sobremesa], todos nós escolhemos o Amalfi Lemon Meringue Cheesecake [6.50€], que em português significa “Cheesecake de limão
com merengue italiano, lemon curd e compota de groselhas pretas”. É pah… devo
dizer-vos… que pitéu! É sem dúvida, um dos melhores doces do género que já
comi… e não sendo uma iguaria tipicamente italiana, pode ser adotada sem
qualquer pudor. E é pena que não vendam isto à fatia para levar para casa, porque levar um cheesecake inteiro era um rombo no orçamento - e uma pessoa está em contenção e não pode #sóporisso. Mentira. Não tenho pena nenhuma que não se possa comprar à fatia, porque o "castrol" disparava e depois tinha que ouvir o médico novamente sobre os malefícios da coisa. Sim, até porque já fui mais novo e estar na porta do Centro de Saúde a contar as minhas maleitas é um "tirinho".
Créditos: Piolhito Nervoso
“Finalmente devo esclarecer que esta não é uma publicação
comercial. Cada um pagou o que comeu e ninguém soube que estivemos por lá.
Portanto, esta descrição é hiper, mega, ri-fixe isenta e
baseia-se apenas nos factos vividos - e cada um vive os seus."
Ficha
técnica:
Espaço/Ambiente: [meh] [não sei] [dá para o gasto] [bom] [genial]
Serviço: [chamem a polícia] [ainda têm que aprender] [simpático] [bom] [excelente]
Qualidade dos produtos: [de fugir] [escapa] [nham nham] [quero mais] [divinal]
Preço: [€] [€€] [€€€] [€€€€] [€€€€€]
A voltar: [não] [talvez, mas não tão cedo] [a pensar nisso brevemente] [sim] [sim, oh sim]
Saber mais:
www.jamieoliver.com
Espaço/Ambiente: [meh] [não sei] [dá para o gasto] [bom] [genial]
Serviço: [chamem a polícia] [ainda têm que aprender] [simpático] [bom] [excelente]
Qualidade dos produtos: [de fugir] [escapa] [nham nham] [quero mais] [divinal]
Preço: [€] [€€] [€€€] [€€€€] [€€€€€]
A voltar: [não] [talvez, mas não tão cedo] [a pensar nisso brevemente] [sim] [sim, oh sim]
Saber mais:
www.jamieoliver.com
Também já tive a minha experiência no Jamie's e posso confessar que embora estivesse à espera de mais e melhor foi uma agradável refeição e um espaço que só melhora Lisboa.
ResponderEliminarSim, até porque Lisboa está na moda :P
Eliminar